Baú de Cartas Amarelas
Abri velho baú estes dias. Amontoado de papéis de uma só cor que algum tempo atrás fugiam do amarelo envelhecido.
Olhei surpresa o desfile de frases, de mensagens e de declarações contidas nas linhas que há muito ficaram perdidas no tempo.
Não sei dizer ao certo o que me abalou mais, se os anos que passaram tão rápido feito areia escoando na ampulheta ou a distância que se fez das pessoas que escreveram aquelas palavras.
Amigos, conhecidos, colegas de escola, amores de infância. Uma fotografia antiga da velha turma sorridente. Um bilhete de lembrança da festa logo mais à noite. Uma carta relatando a saudade e a amizade que nunca terá fim. Será?
Fui revirando os papéis fragmentados, sorvendo as lembranças à medida que pulavam na minha frente qual holograma primordial. Ouvi sorrisos, promessas, festas, sentimentos. Vi lágrimas, planos, memórias e rostos que há muito deixaram de existir, mas estão lá gravados em algum lugar no tempo. Fragmentos de lembranças fragilizados pela passagem irrefutável dos anos. Momentos de muitas vidas. Algumas das quais, minhas.
Daqui a algum tempo, novas cartas serão acrescentadas ao velho baú, com certeza com novos papéis, novas estampas e sonhos recém- vividos. No entanto, todas serão cartas, todos farão parte da dança irrevogável e irreversível das horas.
O passado só pode ser fantasma se nos assombra com os medos que se foram ou se coloca grilhões em nossos sonhos atuais, ao contrário, pode ser cúmplice dos momentos especiais que nos direcionaram e fizeram de nós o que somos.
Depois de alguns minutos na inevitável viagem no tempo, tornei a fechar o baú nostálgico de surpresas, quase todas belas. Não me desfarei do velho baú, ficará guardado com os tesouros de vivências do que me compõem e norteiam, parte do que fui, parte do que sou.
De tempos em tempos, me lembrará da riqueza acumulada nas lembranças mais remotas, berço dos sorrisos atuais.
Olhei surpresa o desfile de frases, de mensagens e de declarações contidas nas linhas que há muito ficaram perdidas no tempo.
Não sei dizer ao certo o que me abalou mais, se os anos que passaram tão rápido feito areia escoando na ampulheta ou a distância que se fez das pessoas que escreveram aquelas palavras.
Amigos, conhecidos, colegas de escola, amores de infância. Uma fotografia antiga da velha turma sorridente. Um bilhete de lembrança da festa logo mais à noite. Uma carta relatando a saudade e a amizade que nunca terá fim. Será?
Fui revirando os papéis fragmentados, sorvendo as lembranças à medida que pulavam na minha frente qual holograma primordial. Ouvi sorrisos, promessas, festas, sentimentos. Vi lágrimas, planos, memórias e rostos que há muito deixaram de existir, mas estão lá gravados em algum lugar no tempo. Fragmentos de lembranças fragilizados pela passagem irrefutável dos anos. Momentos de muitas vidas. Algumas das quais, minhas.
Daqui a algum tempo, novas cartas serão acrescentadas ao velho baú, com certeza com novos papéis, novas estampas e sonhos recém- vividos. No entanto, todas serão cartas, todos farão parte da dança irrevogável e irreversível das horas.
O passado só pode ser fantasma se nos assombra com os medos que se foram ou se coloca grilhões em nossos sonhos atuais, ao contrário, pode ser cúmplice dos momentos especiais que nos direcionaram e fizeram de nós o que somos.
Depois de alguns minutos na inevitável viagem no tempo, tornei a fechar o baú nostálgico de surpresas, quase todas belas. Não me desfarei do velho baú, ficará guardado com os tesouros de vivências do que me compõem e norteiam, parte do que fui, parte do que sou.
De tempos em tempos, me lembrará da riqueza acumulada nas lembranças mais remotas, berço dos sorrisos atuais.