Sobre greves de professores
A UFPB entra em greve dia 17. Então, pra desabafar e esfriar a cabeça, escrevi isso:
Ainda não captei muito bem o modelo de greve de professores da UFPB nem de canto nenhum que me explicam. Metade deles fica em casa ou pior, viaja. Os que querem fazer algo pelos alunos ficam de mãos atadas, por que a classe está em greve. E um pedaço finge que reinvindica promovendo a greve. Numa greve de policiais, saúde, guarda-valores, tudo que é vital para. Numa greve de professores, a produção de cultura para. E a produção cultural é vital? Sim, mas a população não fica contra o governo, e sim contra o professor, que é chamado de vagabundo. Alguns parecem ser? Sim, infelizmente parecem e quem sabe não o são? Não posso dizer com certeza. Sou estudante de Letras, vou ser professor, vou lutar pelos meus direitos, por que professor é um lascado, mas sou totalmente contra um tipo de greve dessas no meio do período onde o único prejudicado é o aluno e o governo olha pra cara do professor, ri, e do aluno nem quer saber, senão morre de falta de ar. Sim, estou expressando minha revolta em relação a essa situação, apenas por que eu quero fazer isso e preciso escrever, já que não posso falar a verdade na cara do retardado que inventou esse tipo de greve. Querem fazer uma mobilização de verdade com os professores? Mandem eles chamarem todos os alunos deles, no horário das aulas, e vão dar aulas na reitoria. Dar aula na prefeitura. Dar aula na sede do governo estadual. Dar aula em Brasília. O Brasil precisa de aulas de ética, humanidade, bom senso, de como ter didática, de como ser professor, e de como respeitá-lo, e pra isso os professores precisam se manifestar, se mobilizar. A voz do professor é aula, não a greve. É minha opinião, quem quiser que ache ruim, e quem gostou que leve pro ouvido das criaturas que votaram a favor desse retrocesso de inteligência dos professores doutores da UFPB.
Dijavan Luis Santos de Brito, graduando em Letras-PT da UFPB