Da Minha Malandragem
A madrugada guarda um lugar escondido. Onde meu recato não se deita no lençol. Minha malandragem me dá um frescor bandido. Tão sem vergonha quanto a nudez de Eva no arrebol. Brinco com a timidez de um sorriso. Faço graça estimulando um desejo. Depois espero por uma reação sem aviso. Que responde rapidamente ao meu gracejo. Viro uma caça de carne fresca e maliciosa. Brincando de pega-pega em cima da cama. Mostrando minha brejeirice em pele viçosa. Enquanto no ouvido uma voz me chama. Aí fico preguiçosa e quero tudo pra mim. Depois durmo à fresca nos primeiros instantes da alvorada. Descansando minha malandrice num céu cetim. Num quarto suspenso da Lua enamorada.