Dúvidas de uma simples amante
Deitada em minha cama, torno-me vulnerável ao olhar fixamente para o horizonte. Através de pequenos orifícios, sinto o vento batendo devagar em meu rosto, causando uma sensação demasiadamente agradável. Contudo, permito o abrir e o fechar dos meus olhos por inúmeras vezes, comprovando minha inquietação. Deito de um lado, viro e deito de outro. Sinto algo que me incomoda lentamente, e mais uma vez tudo me vem lembrando você. O som da sua voz que acabei de escutar, ainda não desapareceu, palavras doces que ainda permanecem invictas e intensas. E com isso, vem o sabor do seu beijo, atormentando mais ainda as minhas noites monótonas. Sinceramente, às vezes acredito na existência de algum sentimento da sua parte, mas nas outras vezes imagino que tudo não passa de meras ilusões. Afinal, em que metade deveria acreditar?