Necessidade de mudar os outros - Amor: Epicentro da Minha Confusão
Mulheres têm um comportamento quase que especifico quando se trata de amar. Somos dotadas da necessidade de transformar o homem a quem dedicamos “esse amor”. Passamos a maior parte da vida em relacionamentos não muito saudáveis. Lutando em margens incoerentes da vida.
Pra algumas de nós sempre existe:
O homem frágil que queremos cuidar...
O homem triste que queremos alegrar...
O homem ciumento que queremos acalmar...
O homem sem religião que queremos salvar...
O homem desapegado que queremos ajustar...
O homem libertino que queremos segurar...
O homem rude que queremos mudar...
O amor antigo que queremos ressuscitar...
Mentimos pra nós mesmo através de eufemismos. Buscamos mudar até mesmo o que amamos no outro. Não conseguimos olhar pra esse fato com clareza. Do jeito que é. As pessoas deviam repensar seu posicionamento. Quem sabe amarem os outros por inteiro. As pessoas que dizem amarem desejando mudar o outro, ao mesmo tempo nega esse amor. É Muita pretensão humana.
As pessoas simplesmente se ajustam as outras. Mudá-las é outra conversa, é guerra em campo aberto. Se ajustar é diferente de mudar. A essência permanece. Mudança não acontece, ela apenas se apresenta provisoriamente enquanto se agrada ou se deseja algo. Passada essa fase a natureza fala mais alto. Ai fica a vontade de tentar entender o que aconteceu. A frustração e o medo estão ligados a nossa vontade de tentar entender tudo. Em relacionamentos não existem facilidades, são pessoas diferentes interagindo. Só penso que entrar numa relação pra mudar o outro também não facilita nada. Entre numa relação pra ser feliz e fazer o outro feliz. Se isso não estiver acontecendo saía dela. Lembre-se que cada indivíduo forma o caráter até os sete anos de idade, daí em diante os detalhes se somam. Então porque insistimos em mudar toda a existência do indivíduo, puramente? São forças desperdiçadas.
A gente muda os sonhos, o emprego, os amores, os amigos, os roteiros, as leituras, os terapeutas, as ações, a casa, os caminhos, o cabelo, o corpo, os objetos, os gostos... A gente muda quase tudo na vida...
Cyrlene Rita 02 de Novembro de 2011.