Fazer valer por quem faz por merecer
A força é medida em ações, e não em reflexões
A ajuda por quem ajuda é encarada como ajuda
Por quem recebe, pode ser encarada como esmola
A ajuda deve ser necessária até o ponto de não mais necessitar
Se a ajuda continua, pela pessoa que recebe, pode esta
Achar que deve se acostumar
O costume se torna hábito
O hábito a deixa sossegada
Nada mais ela vai querer
Os sentimentos mudam
A gratidão se torna obrigação
A boa vontade se torna a má e péssima vontade
Os olhos ao redor já encaram diferente o ato de ajuda
A esmola, que antes era ajuda, deixou de ser esmola e muito menos ajuda
Duas pessoas em um ciclo vicioso:
Uma que antes queria apenas amenizar uma situação passageira, agora se vê presa em uma cadeia que não há mais vontade de fugir,
A outra, que nem ao menos pediu, e recebeu, de tanto receber, agora não sabe ficar sem, está presa
Uma depende da outra
E os olhos em volta as condenam
E os olhos que as condenam, não ajudam
Pois se ajudar, sabem que um novo ciclo se inicia, e tudo novamente voltará ao início, e novos olhos condenatórios irão subjugar sem ao menos tentar entender
Então ajudo?
Condeno?
Devo ser omisso?