Sobre o passar do tempo...
E os dias se sucedem um após o outro numa corrida
desesperada. Como é assustador pensar no ontem como passado,
e o hoje numa montanha russa despencando numa descida espe -
tacular.
O pensamento ah! esse permanece teimoso num passeio
no passado e se diverte com a menina tão branca, mas tão branca
que o sol deixava cor de rosa e que desajeitada adorava brincadei-
ras de meninos. Subia em arvores, sujava a camisa do irmão quando
jogava amoras e não gostava de lavar as mãos quando coçava os olhos e por isso vira e mexe tinha uma infecçãozinha rondando por
perto. Talvez porque já advinhava que ser adulta teria seu preço.
Agora a menina já adulta compreende e acha graça.
E enquanto reflete sobre o tempo a adulta que abriga sua alma de
menina cor de rosa, quando a conversa é sobre o tempo que passa
tão rápido, cai fora e pronto.
Ah! e aprendeu também que não precisa lavar as mãos quando as
levam aos olhos, quando esses olham para Deus.