E SE FOSSEMOS ASSEXUADOS?
Existem dois fatos que marcam fortemente minha rotina diária.
As notícias do jornal sensacionalista no horário do almoço na sala de TV da empresa e o momento em que passo em frente da academia no caminho sulcado do tão repetido trajeto de volta para casa.
Esses dias me peguei pensando numa questão um tanto quanto estranha. "O mundo seria melhor, ou mais simples, se fossemos seres assexuados?"
Por mais estranha que possa parecer esta dúvida, tenho alguns embasamentos que a fortalecem assustadoramente.
Por exemplo, quando passo em frente a academia, sinto um misto de admiração (é claro, sou de carne!) e de nojo pela futilidade. Saúde é com certeza essencial e devemos cuidar dela, mas convenhamos, esse não é o propósito principal destas maquinas moldadoras de estereótipos.
Se não fosse a sexualidade exacerbada, que nos é enfiada "goela abaixo" pelos principais meios de comunicação, tentaríamos viver saudavelmente dentro dos limites racionais, e não "reconstruiríamos" nossos corpos pelo simples desejo sucumbidor de sermos almejados pelo próximo, ou até mesmo pela atitude radical de NÃO sermos desejados pelos outros. Às vezes o medo da rejeição trás conseqüências tão graves quanto a autoestima exacerbada.
Se fossemos seres assexuados, creio que iríamos investir muito mais em conhecimento interior, ocupando a vaga da aparência pelo preenchimento da essência (ual)!
Ao vermos os noticiários sensacionalista, nos deparamos todos os dias com casos de amor mal resolvidos, onde ex marido mata mulher que não quis reatar o relacionamento; ex namorado mata menina por estar com outro namoradinho e por aí vai, são inúmeros e bárbaros os crimes movidos pela paixão!
É claro que não podemos desprezar as maravilhas do amor e da atração física, mas deixo aqui esta "pulguinha" para vocês colocarem atrás da orelha.
Abraços frios, para não vazar essência!
Michel Ribas