Sobre a falta de alguns recursos...
Nunca pensei em conversar sobre isso com você...
muito menos pensei em responder,
mas, sem querer,
acabei lembrando do que eu quis dizer.
Erros a cometer?
Talvez...
mas você realmente precisava saber...
Não sou politicamente correto...
às vezes nem sei o que penso.
Pra uns poucos sou a falta do bom-senso,
e pra outros sou um amor, o homem mais intenso.
Mas o bom-senso não me faz falta, ser intenso, sim!
Do hospital eu me dei alta, fui viver...
Não me tranquei no seu universo, quis o mundo...
inverso em verso, universalmente, sem mentir, com sal e pimenta.
Temperei minha vida, pois sem tempero ninguém aguenta!
Versei cada noite e dia, fiz da minha vida a real poesia.
Sangrei por decepções, paixões entorpecentes,
ganhei e perdi corações, romances reticentes,
fãs e amigas ardentes,
e a cabeça, nunca se esqueça, ainda estava no lugar...
Andei muito sem destino,
realmente nunca deixei de ser um menino,
até que um dia tive que cuidar dos meus.
Não estudei dialéticas sem fim,
nunca quis ser assim.
Discussões sem aplicação eu já vejo todos os dias na televisão...
Não estou academizado e não possuo títulos.
Mas estou apaixonado e cheio de esperanças...
acredito que todas estas andanças,
me tornaram único e especial.
Você acredita também...
embarcou no meu trem.
Pode até me acusar pela falta de recursos subjetivos,
objetivamente em alguns pequenos atos em curso, em pauta,
porém, à frente de sua inteligência incauta,
é experiente e sofrida a minha estrada,
rica a minha vida...
esbajando situações em poesia diluída,
que de tão doída eternece em você
moreninha linda do meu bem querer!