corrida maluca

E foi assim que naquela tarde eu quase morri. Perdi meus pés após tirar minhas botas. Tentei me expressar e pôr um bilhete para todos entenderem que não foi suicídio. Tentei o máximo possível ser rápido como uma gaivota atrás do seu coelho.

Foi assim que aquela sensação gostosa de arrependimento fixou em meu cérebro desmiolado. Eu tomei uma dose triplica de remédios e nada aconteceu. “Graças a Deus”, pensei - “Mas eu nunca acreditei em Deus”. Deu na mesma.

Meu nome é Maria. Hoje tenho 28 anos e sou grata por nada ter acontecido. Mas grata a quem? A vida? Devo culpar alguém por isso? Por que procuramos motivos pra tudo? Besteira. O destino é a gente que faz. Tornei-me famosa porque mereço, e não por que o “destino” quis assim.

Samuel Marini
Enviado por Samuel Marini em 18/09/2011
Código do texto: T3226895
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