Um olhar, um espelho 
Uma imagem projetada
Levando assim o afã
O desejo de ser notada
 
E durante o seu dia
Num corredor de hospital
Nada mais via
Além da sua imagem real
 
Todas as outras pessoas
Que da dor era o centro
A morte que chega a toa
Destruindo todo o momento
 
No seu trabalho mergulha
Deixando em casa o espelho
Nos gemidos que concentra
Em meio ao sangue vermelho
 
Essa é a rotina do sustento da dor
Esse dia termina
Bisturi, sutura e amor!