Adolescente, moça jovem, mulher adulta; ela sempre foi assim: franca, leal, solidária, honesta, fiel, responsável, gentil.
Com ela quase sempre aconteceu assim: foi enganada, traída, injustiçada, magoada, abandonada.
Padrões de personalidades parecidas a agrediram moral e emocionalmente; ela experimentou o sabor travoso da ingratidão, omissão, injustiça, indiferença, intolerância, abandono.
Em uma bela tarde de sol morno e acolhedor, sentada sobre grossas. côncavas e adaptáveis raízes de uma secular árvore amiga, ela fez uma viagem, a mais bela e dolorosa de sua vida e transpôs o penúltimo portal da experiência. Nos campos mentais, emocionais e espirituais ela decidiu, emocionada, que não mais aceitaria ser "deformada" em sua essência.
Com a reconciliação interna de suas idéias desordenadas, prometeu a si mesma:
"Não mais permitirei que me arranquem um só pedacinho da minha reserva de alegria. Não há razão, justificativas nem tempo para isto."