O evangelho segundo os homens

A grande maioria das religiões crêem num Deus de amor que faz o bem aos seus filhos. É muito lindo ouvir uma bela mensagem sobre Deus e sobre o seu amor; isso encanta, emociona, incentiva ao bem e faz a alma pacífica. O triste é saber que em nome desse mesmo Deus muitos já mataram e morreram, muitos ainda hoje se odeiam e debatem até o fim... é o tipo “perco o amigo, mas não perco a minha religiosidade”. Se a essência dos evangelhos é o amor de Cristo, por que as pessoas odeiam umas às outras por não pertencerem à mesma linha de pensamento religioso? Se Deus é amor, por que é preciso se explodir em um ônibus ou qualquer outro lugar matando a si próprio e a outros tudo em nome desse Deus? A verdade é uma só... quanto mais religioso o homem é, mais longe de Deus ele está. O ser humano é hipócrita ao extremo e se aceita uma religião, muitas vezes o faz para fugir dos seus erros a assim acreditar que errados são os outros. Usa o nome de Deus em seu próprio benefício e com sua religiosidade só faz com que outros duvidem ou odeiem a Deus. Uma outra verdade é que Deus não está nem aí pra nossa religiosidade ou para os nossos rituais religiosos. Eu creio que Ele está mais preocupado com quem nós somos e com o que estamos fazendo por nós mesmos e pelos outros. Se o céu e o inferno forem mesmo o fim de tudo isso, então esses dois lugares serão lugares de muitas surpresas e decepções. Em cada um deles as pessoas encontrarão quem jamais imaginaram encontrar lá. A escritura diz que Deus faz o Sol brilhar e a chuva cair sobre os bons e os maus. Isso significa que Ele dá as mesmas oportunidades a todos... então significa que ninguém e que nenhuma religião é a prioridade de Deus. Uma coisa é certa, todo o bem que o homem praticar retornará para si assim como o mal que fizer. É o famoso “colhemos o que plantamos”. Se plantamos o ódio religioso, colheremos o afastamento de Deus; se plantamos o amar e fazer o bem sem olhar a quem, colheremos o amor do próximo e a ajuda dele quando precisarmos. Então... amemos uns aos outros, pois o céu é para os espíritas, evangélicos, católicos e membros de qualquer outra religião que souber amar ao próximo como a si mesmo. Se o ser humano soubesse amar e valorizar a si mesmo ao seu semelhante, com certeza não precisaríamos de tantas religiões, pois cada um entenderia o caminho a seguir e ninguém ia se aproveitar da fraqueza alheia.