Força da expressão
Ah, sonhos! Sonhos!
Elixir da vida!
Começa uma idéia
parindo pensamento,
que logo faz um sonho.
Sonha-se mais e mais
e na clausura da utopia
alheia-se da realidade,
parâmetros se opondo,
sem ponte de travessia,
viável pela expressão,
no grito aos amigos,
seja versado,
desenhado, sorrido,
como faz o poeta,
ao sonhar na poesia
sob amistosos ecos,
que asseguram confiança
e probabilidade ao sonho,
ora por todos sonhados
mas por tantos velados,
egóicas ânsias agonizando
na utopia singular.
O amor começa quando
nada se espera em troca
além de o propagar,
assim dizia Exupéry,
pois afinal, mais vale
perder tempo com amigos
que os perder,
feito sonhos confinados
e abortados ao nascerem.
Santos-SP-01/12/2006