Liberdade Poética

Em sua liberdade de ação,

os poetas declaram

que em palavras doces ou amargas,

eles amam,

amam a vida,

a saudade,

os sonhos,

os quereres

e, ainda que sejam vistos

em olhares sem sentires,

os ouvidos pedem baixinho,

para desventuras aclamarem...

Nos termos simples,

talvez se consiga maior impacto,

e, apesar de usarem expressões

mais rebuscadas, complicadas,

anseiam expor o que há no coração,

este fala o que sente,

mesmo que ninguém

um dia reconheça seu valor ou amor.

Na sua liberdade de poesia,

sorri às vezes,

algumas vezes lamenta,

a dança da vida prossegue sua jornada,

sua trilha à vista,

e rindo de si mesmo,

leva em bom humor o dia que vem à frente.

Quem leva as coisas a ferro e fogo

acaba um dia tendo que ficar cabisbaixo,

quem sonha com o coração

se faz fantasias mais reais,

criar a imagem de um ser quase perfeito,

uma mulher bela atrai o olhar,

sem dizer muito já se diz tanto

em mostrar interesse...

ainda que nada possa falar mais,

há sorriso no semblante...

rindo de si próprio,

o calor da existência é forte,

mas sem coisas complexas,

e sim apenas um simples carinho

que fica entre os lábios.

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 10/06/2011
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