Um momento absurdo
Um dia, sentada à porta da minha consciência
Preveni-me e com um susto pedi delicadamente que me retirasse dali
Oh, Crueldade! Deixe-me ter o controle das coisas
Deixe-me ferver em ódio e fúria
Deixe-me atacá-la quando não estiver olhando
Fechei a porta da minha consciência e me abri aos delírios
Para que ter o controle do meu raciocínio?
Aflora-te e seja o que quiser ser
Não te impeço mais
E assim quando estiver preste a enlouquecer
Interpreto e começo tudo outra vez