Comportamento: pessoas e coisas
Por que algumas coisas perdem a importância?
Num reencontro, que trouxe lembranças de mais de vinte anos, fiquei a pensar:
Por que em algum momento da minha vida, foi tão importante, e hoje, posso reduzi-lo a condição inicial, pois, apenas restaram lembranças?
Era (é) um bebê, sujinho, que foi encontrado no lixo, eu ganhei de presente, no momento em que era meu objeto de desejo.
Cuidei, acaricie, limpei, amei, embalei...
Tanta dedicação!
Acompanhou-me em muitos soninhos, em muitos passeios acordada...
Aos poucos, por ele fui perdendo o encanto, já não sabia mais onde o tinha colocado, às vezes largado em um canto, outras vezes em outro...
Por analogia, as coisas e as pessoas:
Tal fato trouxe a baila outras reflexões.
Algumas pessoas também no tempo se perdem.
Existem mas não coexistem, não vivem a plenitude do conviver.
Comportam-se como seres inanimados.
Inevitavelmente vão perdendo a importância, não porque apenas “utilizamos” determinada “coisa” pelo tempo que nos é necessário e após, descartamos, mas porque a reciprocidade é fundamental, não pode ser exigida, tem que ser tão verdadeira a ponto de ser automatizada.
Coisas não correspondem...
Pessoas não são coisas, embora o comportamento possa identificar algumas como tal.
Então, algumas coisas vão perdendo o valor inicial em nossas vidas, outras "conservam sua utilidade".
Algumas pessoas simplesmente passam por nossas vidas. O comportamento de uma pessoa vai registrar sua devida importância na vida de outrem, pode ser mais um bibelô em uma estante facilmente substituível, que se conforma com uma fútil beleza, ou pode ser o “móvel animado” que desejaremos levar por qualquer lugar que almejarmos estar.
Quem nunca teve um “bebê” esquecido num canto, que mesmo recebendo inúmeros colos e abraços, esse “bebê” nunca foi capaz de abrir os seus braços para retribuir ou oferecer o seu colo?
Não poderia retribuir, pessoas são capazes de sentir quando não se reduzem a condição de coisas, coisas podem ser valoradas, mas jamais serão pessoas.
* (imagem) bebê que motivou a escrita, presente recebido há mais de 20 anos.
Por que algumas coisas perdem a importância?
Num reencontro, que trouxe lembranças de mais de vinte anos, fiquei a pensar:
Por que em algum momento da minha vida, foi tão importante, e hoje, posso reduzi-lo a condição inicial, pois, apenas restaram lembranças?
Era (é) um bebê, sujinho, que foi encontrado no lixo, eu ganhei de presente, no momento em que era meu objeto de desejo.
Cuidei, acaricie, limpei, amei, embalei...
Tanta dedicação!
Acompanhou-me em muitos soninhos, em muitos passeios acordada...
Aos poucos, por ele fui perdendo o encanto, já não sabia mais onde o tinha colocado, às vezes largado em um canto, outras vezes em outro...
Por analogia, as coisas e as pessoas:
Tal fato trouxe a baila outras reflexões.
Algumas pessoas também no tempo se perdem.
Existem mas não coexistem, não vivem a plenitude do conviver.
Comportam-se como seres inanimados.
Inevitavelmente vão perdendo a importância, não porque apenas “utilizamos” determinada “coisa” pelo tempo que nos é necessário e após, descartamos, mas porque a reciprocidade é fundamental, não pode ser exigida, tem que ser tão verdadeira a ponto de ser automatizada.
Coisas não correspondem...
Pessoas não são coisas, embora o comportamento possa identificar algumas como tal.
Então, algumas coisas vão perdendo o valor inicial em nossas vidas, outras "conservam sua utilidade".
Algumas pessoas simplesmente passam por nossas vidas. O comportamento de uma pessoa vai registrar sua devida importância na vida de outrem, pode ser mais um bibelô em uma estante facilmente substituível, que se conforma com uma fútil beleza, ou pode ser o “móvel animado” que desejaremos levar por qualquer lugar que almejarmos estar.
Quem nunca teve um “bebê” esquecido num canto, que mesmo recebendo inúmeros colos e abraços, esse “bebê” nunca foi capaz de abrir os seus braços para retribuir ou oferecer o seu colo?
Não poderia retribuir, pessoas são capazes de sentir quando não se reduzem a condição de coisas, coisas podem ser valoradas, mas jamais serão pessoas.
* (imagem) bebê que motivou a escrita, presente recebido há mais de 20 anos.