“Espelho”
O que vejo, não sou eu, apenas
A maldade de um tempo que
Marcou o meu rosto que aqui
Aparece de uma forma diferente
De quando eu era moço e faziam
Planos para um futuro o qual eu
Não imaginava os efeitos que
A mim casariam. O que vejo, são
Sinais e marcas profundas num
Rosto de semblante sereno e de
Tal forma conformado com os
Efeitos dos tempos em que eu
Vivi, apenas reflexos que me
Trazem a certeza de que a vida
Valeu a pena, mesmo que as
Vezes julgamos o tempo culpado
Por tais mutações.