Para quem escrevo eu?
Escrevo para o sol que entra agora por minhas retinas inebriando toda minha alma, invadindo meus poros, rutilando em mim pequenos favos de purpurina.
Escrevo para essa brisa que beija me agora a face abatida, devolvendo me o ar, o fôlego, a vida.
Escrevo para as flores que amanhecem nos jardins, que despertam abrindo suas pétalas preguiçosamente, enquanto o orvalho abraça se a terra que lhe sustenta.
Escrevo para os pássaros que cruzam o límpido céu, que cantam a sua poesia a cada planar, que encantam com o nosso maior sonho, voar.
Escrevo para as sensíveis almas que mesmo em meio a nostalgia, ainda conseguem, como eu, num mundo tão desnorteado sentir alegria.
Escrevo para Deus, para dizer lhe que grata eu sou, e que quando o manto negro da estranha noite vier cobrir me, é para ele que eu vou.