Para quem escrevo eu?

Escrevo para o sol que entra agora por minhas retinas inebriando toda minha alma, invadindo meus poros, rutilando em mim pequenos favos de purpurina.

Escrevo para essa brisa que beija me agora a face abatida, devolvendo me o ar, o fôlego, a vida.

Escrevo para as flores que amanhecem nos jardins, que despertam abrindo suas pétalas preguiçosamente, enquanto o orvalho abraça se a terra que lhe sustenta.

Escrevo para os pássaros que cruzam o límpido céu, que cantam a sua poesia a cada planar, que encantam com o nosso maior sonho, voar.

Escrevo para as sensíveis almas que mesmo em meio a nostalgia, ainda conseguem, como eu, num mundo tão desnorteado sentir alegria.

Escrevo para Deus, para dizer lhe que grata eu sou, e que quando o manto negro da estranha noite vier cobrir me, é para ele que eu vou.

Laisa Mattos
Enviado por Laisa Mattos em 27/04/2011
Código do texto: T2933926
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