TRIBUTO A UMA MUSA
TRIBUTO A UMA MUSA
- A pele nativa, nua , crua,
O corpo pulsante se move dançante em noite de lua,
- Os traços marcados, rascados, que brincam disformes e em passes inconstantes, desviam em curvas, abismos e em lugares vibrantes,
- Sensações variadas, confusas, molhadas,
Se fazem presentes, ausentes, as vezes é nada,
- O nada infinito, do principio, do fim, do momento,
Momento em que artista que pinta, imita até o vento,
- O vento que sopra, que molda as praias e molda o deserto,
Molda também formas singelas, simplórias,
Por vezes tão simples, as vezes em gloria,
- A gloria de ver, de viver, de sentir,
Gloria de poder, de ser, de ir de ver,
- De gozar a liberdade, a natureza fecunda,
De ser desejada, admirada,
Ser inspiração, respiração,
Poder cansar, deitar, receber carinho,
- Poder gozar, gozar o momento tão infinito quanto o passageiro,
Mas que é infinito por que permanece inteiro,
Em obras, em imagens, em mentes,
Em sonhos e em devaneios,
- Assim é a arte
Assim é você
Assim somos nós, que podemos te ter,
E ter neste instante, o verdadeiro presente de ver o teu ser,
Felina, menina,
Criança inocente,
Nem sabe o que passa na mente da gente,
Quem vê, quer sentir,
Quem sente, que possuir,
Mas a menina, a criança,
Que brinca, que dança,
Não pertence a ninguém,
É só dela, a bela, a boneca de trança que só nos faz bem.
Texto: Mago William
Titulo: Tributo a Uma Musa
Musa Inspiradora: Márcia Dutra