TRIBUTO A UMA MUSA

TRIBUTO A UMA MUSA

- A pele nativa, nua , crua,

O corpo pulsante se move dançante em noite de lua,

- Os traços marcados, rascados, que brincam disformes e em passes inconstantes, desviam em curvas, abismos e em lugares vibrantes,

- Sensações variadas, confusas, molhadas,

Se fazem presentes, ausentes, as vezes é nada,

- O nada infinito, do principio, do fim, do momento,

Momento em que artista que pinta, imita até o vento,

- O vento que sopra, que molda as praias e molda o deserto,

Molda também formas singelas, simplórias,

Por vezes tão simples, as vezes em gloria,

- A gloria de ver, de viver, de sentir,

Gloria de poder, de ser, de ir de ver,

- De gozar a liberdade, a natureza fecunda,

De ser desejada, admirada,

Ser inspiração, respiração,

Poder cansar, deitar, receber carinho,

- Poder gozar, gozar o momento tão infinito quanto o passageiro,

Mas que é infinito por que permanece inteiro,

Em obras, em imagens, em mentes,

Em sonhos e em devaneios,

- Assim é a arte

Assim é você

Assim somos nós, que podemos te ter,

E ter neste instante, o verdadeiro presente de ver o teu ser,

Felina, menina,

Criança inocente,

Nem sabe o que passa na mente da gente,

Quem vê, quer sentir,

Quem sente, que possuir,

Mas a menina, a criança,

Que brinca, que dança,

Não pertence a ninguém,

É só dela, a bela, a boneca de trança que só nos faz bem.

Texto: Mago William

Titulo: Tributo a Uma Musa

Musa Inspiradora: Márcia Dutra

Mago William
Enviado por Mago William em 22/04/2011
Código do texto: T2923698