Não raras vezes...

 

Não raras vezes nos deparamos com situações inusitadas.

Pessoas, lugares, amores, valores. E nesse quarteto o giro pode ser de 360 graus.

Há pessoas capazes de nos conduzir a lugares (que pode ser o Oásis de sua alma), envolver-nos com seu amor. Nesse caminho, todos os nossos valores repensados, às vezes restituídos.

E a sensação é de levitar, não sentir os pés no chão, e a cabeça alcança as nuvens!

No retorno dessa fantástica viagem, o pouso no regaço do ser amado, as águas tranqüilas, e a certeza de que o porto é seguro.

Não exige um retorno, que se faz automático, é um querer voltar que por respeitar nossa liberdade rompe as algemas da prisão e se quer estar nessas amarras tão simplesmente por vontade.

O ter por obrigação aprisiona,  o querer por satisfação liberta!

Não raras vezes, mas por inúmeras vezes, há conformismo com migalhas. Quando em algum momento se acredita que aquilo que recebe é tudo que se pode ter.

 E no despertar de uma linda manhã de sol poderemos ver que o horizonte é muito mais que da nossa janela ao muro do vizinho.

Se nos permitirmos a fazer a entrega verdadeira vamos receber muito mais, e os tempos de outrora de migalhas sequer serão suscitados!

Não raras vezes nosso coração vai clamar por esse aconchego. Mesmo que tudo pareça estar no seu lugar, se o amor ali não habitar, não haverá motivo para voltar, e a constatação que a prevalência do ter sob o querer possibilita migalhas de contentamento.

Se podemos ter muito mais, por que querer migalhas? Que façamos a verdadeira entrega e seremos recompensados por abastados recebimentos.