09 CEMINTÉRIO

Lugar lúgubre.

Quantos sonhos sonhados!

Quantas esperanças perdidas!

Lugar dos que dormem?

Poeiras...

Carbonos...

Ali estão os desesperançados

Lugar soturno...

Morrer é descansar?

Quero o corpo cansado e não putrefato!

Quero sentir e sonhar que amanhã será melhor

ainda que todos os indícios apontem o contrário:

Que me chamem de louco!

Prefiro a isto ao país do eterno sono sem sonho.

L.L. Bcena, 15/07/1995.

POEMA 20 - CADERNO: TRANSMUTAÇÃO.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 30/03/2011
Reeditado em 25/10/2016
Código do texto: T2879306
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