SERÁ JUSTO?
Será justo impor taxas, moderadoras, de internamento ou outras, aos doentes, como se fossem uma praga, enquanto os presos, condenados em razão dos seus actos anti-sociedade, são privilegiados, têm estadia gratuita e até recebem subsídios, como se fossem uma classe a preservar?
Será justo penalizar tão descaradamente os fumadores que, além de pagarem caro o seu vício, ainda são marginalizados fisicamente, enquanto os governantes se desfazem em simpatias para com os toxicodependentes, lhes oferecem salas de chuto e outras benesses como se fossem essenciais ao progresso do País?
Será justo o trabalhador ser sobrecarregado com tantos impostos, enquanto outros que nada fazem, nada declaram, vivem em casas luxuosas, passeiam em carros de alta cilindrada e ainda recebem subsídios?
Será justo o governo promover alguns dos seus filhos à data da reforma, para auferirem assim um maior valor, enquanto a outros, aos enteados, dá apenas algumas migalhas?
Será justo o governo sustentar uma tão pesada máquina, onde esbanja centenas de milhões num combate infrutífero contra os incêndios, sabendo que só com a limpeza da floresta tal flagelo pode ser debelado?
Será justo o governo diluir as suas forças de segurança por inúmeros países, descurando a segurança dos seus próprios cidadãos?
Será justo, em épocas de crise, onde a maioria dos portugueses é convidada ou obrigada a apertar o cinto, haver Bancos e Empresas que apresentam lucros astronómicos e continuam a beneficiar de privilégios fiscais?
Será justo atribuir subsídios e sustentar vícios a parasitas que nada fazem, enquanto se penalizam aqueles que trabalham e produzem?
Será justo o Estado gastar mais de metade da riqueza nacional para sustentar o cavalo do Poder e aqueles que o montam?
Será justo, num país a envelhecer pesadamente, os governantes, em vez de apoiarem os pais que querem ter filhos e promoverem a renovação de gerações, optarem por promover e custear o aborto?
Será justo fechar urgências, maternidades, escolas e abrir clínicas de aborto, casas de alterne e outras “necessidades duvidosas”?
Se afinal estas questões são justas, então o meu Mundo não é o dos governantes.