Ideologia do meu "eu" interior

*Não recomendo ler o texto quem ainda não assistiu e/ou pretende assistir o filme "500 dias com ela" de Marc Webb"

Existem filmes que marcam a nossa personalidade e nos mostram um pouco da realidade a que estamos submetidos no dia-a-dia."500 dias com ela" sob direção de Marc Webb foi um grande exemplo disso para mim.Ontem à noite, assisti ao filme, inicialmente sem muitas expectativas, mas confesso porém que o desenrolar da trama foi me cativando e a cada cena eu me sentia mais próximo daquilo que o filme tratava, segundo autor não de uma história de amor, mas sim de uma história sobre o amor.As personagens eram cada vez mais próximas da realidade, eu não aceitava estar vendo um filme, me senti um espectador da vida real, ou mais do que isso, eu me encontrei em um dos personagens, o jovem Tom, interpretado por Joseph Gordon.Vi em mim a sua forma de amar, de ver o amor, sua doação sem limites e sua sinceridade.Ao mesmo tempo me deparei com um dilema que também faz parte da minha vida: Nem sempre nossas expectativas são traduzidas, aceitas ou correspondidas da forma como planejamos, ou seja, nem sempre as pessoas nos amam da mesma forma e intensidade que as amamos.A forma como Tom se viu encantado por Summer, é muito parecida com a minha forma de pensar no amor, a simplicidade dos momentos que passaram juntos e a valorização dos sentimentos fizeram do filme na minha concepção, um clássico que chama à reflexão e à autocrítica.A jovem Summer, gostava muito de Tom, porém este era loucamente apaixonado por ela, o que não a impediu de casar com outro e de partir de sua vida.Por fim, Tom percebe que seu amor, mesmo com todos os problemas enfrentados não foi desperdiçado, sua doação e paixão ilimitadas serviram como forma de amadurecer, e este se tornou um novo homem, pronto para começar de novo.O filme é fantástico e nos faz pensar sobre os nossos sentimentos,a forma como vemos os outros e mais ainda, sobre a forma com que vemos a nós mesmos.