Comparo a vida a uma folha arrancada.
No princípio da caminhada, aquela em que a carne precisa abraçar novas fronteiras, a tristeza é profunda. Afinal, separar-se da raiz é largar o colo mais seguro.

 
Depois, somos levados pelo vento e, na dança das paisagens nos aconchegamos sobre rios, montanhas, pedras... Enfrentamos o frio das ventanias, as rachaduras do sol escaldante, brincamos nas correntezas das águas, acariciamos a terra com os nossos passos, repousamos sobre as sombras das árvores, contemplamos e nos emocionamos com as belezas que a natureza oferece.

Vivemos cada segundo. Em alguns somos ousados e em outros temerosos.

 
Sonhamos, batalhamos, tropeçamos, sangramos, levantamos, estudamos, trabalhamos, rimos, choramos, amamos, erramos, acertamos, aprendemos... Tentamos Desenvolver.
 
Na face ficam as marcas de todos os contentamentos e dores que a vida concedeu e, enraizado na alma todas as histórias que vivenciamos na poeira da estrada.
 
Conhecemos pequenos e grandes homens e seguimos na busca de encontrar braços seguros e fiéis, para que possamos repousar o corpo e dividir as mágoas e alegrias que conquistamos no final de mais um dia.
 
E de cada contato presente retiramos grandes ensinamentos.



Imagem- Google

Didinha Albuquerque
Enviado por Didinha Albuquerque em 24/11/2010
Reeditado em 05/05/2011
Código do texto: T2634312
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