Meditação
Naquela manhã acordei com a presença de DEUS.
Me dei conta, fazendo uma retrospectiva dos meus 54 anos, em que estive com ELE muito poucas vezes.
Preocupa-me!
Se ELE é onisciente, onipresente, porque em tão poucos momentos dessa minha existência tive em seu contato?
Intrigo-me.
Reflito.
A sensação de estar com ELE me vem em alguns pequenos grandes flashes,
instantes...
quando nasci, acho que foi a primeira vez que O senti em mim.
(Aquela sensação de SOU UM).
E aí, aos poucos me dou conta que ELE está sempre nos momentos aonde a vida e a morte estão presentes.
(Pelo menos pra mim é assim).
Estranheza.
Quando minhas filhas nasceram...
Quando perdi meu pai e um amor...
Em alguns momentos quando não sei bem o que dizer a algum paciente
e em que me deparo com algum dos meus pequenos talentos humanos(escrever ou ouvir...).
Também me dou conta que O sinto quando em contato com a natureza...
Observando meus animais de estimação, o som dos passarinhos que insistem em me acordar e quando me espanto com a potência com que cresce a primavera do meu quintal.
Me confronto com o medo que sempre tive de falar o nome DELE em público.
Também me dou conta que noutro dia ELE esteve no meu quarto quando um beija-flor atrevido veio me alertar que a vida é uma dádiva,
está aí para ser vivida.
Basta ter olhos pra ver.
Amanso meu coração
e percebo,
lentamente,
que ELE está aqui
batendo no meu peito.
Me tranquilizo
e, espero que continue comigo
e, me dou conta que ELE simplesmente está
na possibilidade
de amor e amar
e, me lembro de você:
-meu novo começo
na empreitada de tentar
unir-se,
ficar UM
E aí, mais do que nunca sei que DEUS está comigo (em mim).
15/10/10