Prólogo a Pureza

Até hoje não rebaixei o que sinto por ti ao mero afeto carnal, nem o farei nunca, como fazem, fizeram, ou ainda farão os outros homens. Pois não quero manipular teus sentimentos, nem atrofiar os meus, muito menos conquistar em ti apenas o que os poetas definiram como amor. Pois entendo que aquilo que é prematuro é tendencioso ao erro, visto que o erro está na pressa, nas fórmulas quase que instantâneas de felicidade e harmonia, que querem solucionar problemas mitológicos, que têm infinitos de respostas tridimensionais prováveis, e essa mesma dimensão de improváveis, além de ter aquelas que não estamos prontos ainda para entendermos, ou solucionar, ou talvez nunca tenham solução. Por isso antes sou paciente e coerente, quero que nossa convivência nos revele um para o outro, além da cegueira dos olhos, além das formalidades educacionais, além dos extintos, além das sensações do organismo, além das formas. E nos permita com essa visão, ter o entendimento do hipercomplexo que somos, e de outro maior que formamos ao estamos juntos como um único ente, para termos equilíbrio, para ser livre no que nos rodeia. Não sendo assim, nunca teremos um ponto de vista que englobe o infinito, no finito que somos, e que nos possibilite fazer um diagnostico sólido e responsável, que nos mostre as viabilidades existentes para fomentarmos junto, aquilo que ainda não definimos por não estarmos prontos um para o outro, feito matéria e antimatéria ao se tocar, ao se encaixar.
Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 31/10/2010
Reeditado em 01/11/2010
Código do texto: T2588081
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