RENDIDO AO PODER
A vida
É eterno encontro com a morte
A todo momento
Estou de frente com ela
É o meu dia-a -dia
Morte fria
Que esfria a vida
Sempre que nos deparamos
Sinto o gêlo de sua presença
Ela passa por mim
Sempre sorri
Um toque para me prevenir
Uma promessa
Se vai sorrateiramente
Promete algum dia voltar
Não faço outra coisa
Só me resta aguardar
Não sei se a morte é vida
Se vida é morte
prisão é fria
Isso eu sei
A morte também
Caminhamos juntos
Não é promessa
É certeza
Partilhamos dia-a -dia a mesma ociosidade
Me canso da morte
A morte se cansa de mim
Aguardamos o momento certo
Para nos definir.
Waldir da Silva Costa
18.10.2010