O TEMPO DE ERRAR
Quase me esqueci
de olhar as portas antes de sair
não por medo da perda
porque não havia mais nada para se perder
mas pela rotina
Tudo que havia de valor se foi
E não ousamos chamar um especialista
Para avaliar o quanto de nós se perdeu
Os melhores momentos foram sendo usados
Como pregos nas portas
Onde pendurávamos nossas esperanças
De que em algum instante tudo seria revivido
E com isso o tempo foi passando
O que era grande foi ficando pequeno
e o pequeno foi ficando grande ao ponto de cairmos dentro dele
Não adianta agora achar que a rachadura poderá ser recuperada
pois a estrutura está comprometida.
Usamos muito o direito de errar
E pouco a vontade de fazer dar certo
Se posso deixar um legado, vou usar um clichê
Vamos fazer de nossos erros, lições para a próxima.