Escravidão

Escravidão pode ser o preço da liberdade buscada,

E quem não encontrou paz, talvez se escravizou

No sistema, nas tradições, e ama-as, como se fosse livre...

Contudo está preso em si, no mundo, pensando fazer o que quer,

E ainda assim, está acorrentado, às modas, ao modo dos outros,

Tanta se fala, e mesmo assim, os bois seguem um a um,

Sem se importarem qual o seu destino, se no final haverá dores,

Se um deles saísse ao menos da fila, e fosse ao pasto ao lado...

Talvez recuperasse fôlego, e suspirasse seus nervos,

Mas ele não pode pensar por si, enquanto nós, que temos lógica,

Deveríamos ter, corremos para não desagradar a maioria,

Pois se todos ficassem pelados e fosse esta a moda,

Talvez você achasse que seria isso que teria de fazer também...

E se todos, ou quase todos, fossem de um jeito,

Você teria que adaptar-se para não ser chamado de estranho,

Diferente, porque seria impopular, e falariam mal de você,

E este temor e receio, faz a escravidão tomar conta de sua mente,

Que pensa em liberdade dos pássaros, que nem se importam

Se alguém olha para seus voos, porque simplesmente sua natureza

Os induzem a isso, e eles são o que são, mesmo que alguém tentasse

Convencê-los a virarem peixes ou crocodilos...

Eles não não iriam jamais aceitar ir contra seus princípios,

Pois são livres, e quem simplesmente por acaso prende-os nas gaiolas,

Eles dizem com olhos chorosos que são infelizes,

Pois não podem voar, voar, voar...

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 02/09/2010
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