Por que não voar?
Por que não voar? Pergunto-me isso todos os dias, hoje, em especial, perguntei mais do que de costume. Durante uma conversa com meu amigo Tomás, na cantina da faculdade, debatemos por horas as coisas que são ou não possíveis aos seres humanos, tais como: voar. Ele defendeu arduamente que; se algum ser fosse capaz de voar, morreria logo em seguida por despender de muita energia, energia esta suficiente para acabar com a própria existência. Eu, por exemplo, prefiro acreditar que, se depender de energia para tal feito, mesmo sabendo que é exatamente disso que se precisa, além é claro de simplesmente se acreditar, esta energia não seria tão custosa a ponto de encerrar a vida. Temos uma energia limitada, que talvez se estenda para muito mais se por um acaso soubermos como aplicá-la, como mantê-la, como expandi-la ou mesmo conservá-la. Pois então, baseando-se em que tudo seja possível, bastando para isso o acreditar, elevar-se em um vôo é simples dentro dum contexto em que se possa ultrapassar as amarras do pensamento. Desde o sempre somos coibidos de executarmos o que queremos por regras impostas, seja pela sociedade, seja pela Igreja, seja pelo o que chamam de leis da natureza e principalmente, pelo nosso querer. Mas se somos parte desta natureza e vivemos em uma sociedade, herança religiosa desta Igreja, que a tudo controla e mantém, podemos também interagir e modificar algumas destas leis e regras. Usemos como base o livre arbítrio que a nos foi dado para usarmos da forma que quisermos. Adiciono a esta dádiva, o direito de sermos o que quisermos ser. Você nasceu com o poder de aceitar ou não os parâmetros da vida como ela é. Meramente uma questão de escolha. Como você se vê? Como você se concebe? O que acredita ou não? Você realmente está aqui, neste mundo a quem todos chamam de real? Mais uma vez me pergunto, e não me canso disso, o que vivemos é real? O que é a realidade? Como posso deixar de acreditar que voar então seja impossível? Não quero viver o resto da vida pensando que tudo será sempre limitado. Pra que pensar que não posso conseguir, se posso passar a vida aprendendo a fazer, tentando e talvez conseguindo? Posso chegar a sequer voar, mas a minha liberdade voa, minha vontade também. Concentro minha vida em todos os grandes ensinamentos dos grandes mestres. Não existe um grande ser que tenha falado pra você desistir de acreditar, de abandonar sua vontade. Ninguém disse: “sua vontade não vale de nada, pois nada é possível” e sim exatamente o contrário. Não quero que você acredite em mim, não quero fazer ninguém pensar como eu e, se eu um dia chegar a voar, pode deixar que eu também não vou contar pra você. Voar é só mais uma experiência, como comer, dormir, teleportar. Onde minha mente pode me levar? Onde quero ir com a força do pensamento? Onde é o limite de minhas crenças e até onde deixarei o mundo “real” tomar conta da minha vontade? Agora digo: se o céu é o limite, eu o ultrapassarei. “Voar, voar... subir, subir...”