Sem santo, Sem sanatório.

Do que se faz nossas cabeças, se não a moda , se não o homem

Do que são feitas nossas preces, se não de desejos intangíveis

Das preces; vem promessas mal cumpridas, dores irreparáveis e feridas sem cicatrizes

De que é feito o pó que é inalado? O corpo que é invadido por promiscuosidades?

O meu café sem xícara esfria em um copo mal lavado...

A minha mente se esvaí em mares de escuridão, sem se molhar...

Jogamos cartas, perdemos amores , buscamos refugio em camas desconhecidas

Duvidamos de coisas, e procuramos respostas, afinal, finalmente: ninguém sabe o que quer, não queremos nada se não o tudo, o mundo

Homens imoldados pela fé, não querem conhecer a dor e nem a morte, mas são as primeiras que se apresentam.

Por três vezes e três noites mal dormidas, ele grita meu nome...

Perdoa-me, proteja-me de todos nessa irracionalidade abundante regada por álcool e pó

Sem idade, insanidade

O noticiário é um prato cheio de larvas que não gostamos, mas temos que engolir

Meu humor corrói suas artérias, minha sátira corre por suas veias, mas só meu medo te distrai...

A minha fé diária é reforçada por mim mesma, pelo gole de café e um pão com manteiga, por ela só...

Sem, nem sei o que sou, por que sou ou, se sou.

Paula Rodrigues (Coka)
Enviado por Paula Rodrigues (Coka) em 12/06/2010
Reeditado em 12/06/2010
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