Sem santo, Sem sanatório.
Do que se faz nossas cabeças, se não a moda , se não o homem
Do que são feitas nossas preces, se não de desejos intangíveis
Das preces; vem promessas mal cumpridas, dores irreparáveis e feridas sem cicatrizes
De que é feito o pó que é inalado? O corpo que é invadido por promiscuosidades?
O meu café sem xícara esfria em um copo mal lavado...
A minha mente se esvaí em mares de escuridão, sem se molhar...
Jogamos cartas, perdemos amores , buscamos refugio em camas desconhecidas
Duvidamos de coisas, e procuramos respostas, afinal, finalmente: ninguém sabe o que quer, não queremos nada se não o tudo, o mundo
Homens imoldados pela fé, não querem conhecer a dor e nem a morte, mas são as primeiras que se apresentam.
Por três vezes e três noites mal dormidas, ele grita meu nome...
Perdoa-me, proteja-me de todos nessa irracionalidade abundante regada por álcool e pó
Sem idade, insanidade
O noticiário é um prato cheio de larvas que não gostamos, mas temos que engolir
Meu humor corrói suas artérias, minha sátira corre por suas veias, mas só meu medo te distrai...
A minha fé diária é reforçada por mim mesma, pelo gole de café e um pão com manteiga, por ela só...
Sem, nem sei o que sou, por que sou ou, se sou.