Mas... como?
Mas, como posso eu,
Envolver-me em amor,
Inspirar-me e crer,
Se o mundo que me cerca,
não sei acolher?
Até que ponto é verdadeiro,
Mior, inteiro,
Bonito, sincero,
Isto que chamo fraternidade e que creio
ser verdade, se não amo a Natureza
e ignoro, de todas as maneiras,
Este mundo que me cerca e que é também
parte de mim?
(...)
Quais são os critérios do amor,
Até aonde se estende o ato de amar e acolher,
Quais são os limite? Há?
Em que se resume o ato de servir,
Se amo o meu irmão e chuto o cão que vaga?
Se acolho o meu irmão e destruo cada pontinho verde, ao meu redor,
Poluo a água que me mata a sede,
engaiolo e maltrato os animais?