Amor-faca de dois gumes.
Do amor muito se diz, mas pouco ou quase nada se sabe.Há os que o definam como verbo.
Conjugável, portanto em qualquer tempo e qualquer pessoa.
Alguns o classificam como adjetivo.Qualificado para uso próprio.Nada de reciprocidade.
Outros ainda o integram na lista vasta de substantivo.Comum e totalmente abstrato!
Certo é, que o amor é uma incógnita.
Reflete o instante de cada um.Desmedido ou comedido, o amor cria diferenças.
Torna-se uma faca de dois gumes.Insípido ou apimentado convida ou ignora.
O amor na verdade é prolixo!Inspira ou inspeta.Alivía ou tortura.Acalma ou desespera.Intelectualiza ou emburrece.
Há aqueles que vivendo o amor se resguardam. Doam-se homeopáticamente com rigorosa sabedoria.Temem o sofrimento,o abandono, as alterações súbitas.
Há ainda os que entregam-se com total confiança e abandono, imaginando-se recrutas e tornam-se portadores futuros da rejeição.
Ressabiados outros doam-se por osmose.
O amor é imprevisível!
Reina ou é reinado. Difícil é conciliar os seus comandos.