Oito de Março
Dia 8 de março, dia internacional da mulher. Muitas mulheres nesse dia esperavam ganhar uma rosa, um chocolate, um mimo qualquer. Mas para mim esse dia tinha outro significado. O centenário desta data que significa muitas conquistas. Fui a uma manifestação na minha cidade com uma amiga, foi muito bom, percebi que não sou a única que percebe que nossa sociedade ainda é paternalista, e que estamos longe de uma igualdade plena entre homens e mulheres.
Muitas de nós ainda estamos submetidas a opressão de nossos maridos, sem ao menos poderem sair sozinhas nas ruas. Mulheres que não tem o direito de estudar, trabalhar, ter amigos, não chegam nem a escolher o próprio marido, sem contar as que são multiladas ainda pequenas e nunca chegarão a saber o que é um orgasmo. Ainda recebemos salários menores, muitas companheiras ainda apanham de seus maridos e permanecem mudas, paralisadas pelo medo, muitas vezes seu silêncio se torna eterno. É verdade que a mulher conquistou um espaço considerável na sociedade no último século, mas ainda há muito o que fazer. A mulher tem que se tornar consciente de que ela é quem decide o próprio futuro, escreve a própria história, e que para ser feliz ela não precisa se casar, nem ter filhos, como a sociedade prega. Acima de tudo, lembrar-se de que, há cem anos, a mulher largou o fogão para fazer revolução.