Pelos próprios perfumes
Puxa! Onde vou se todo mundo me acha estranho?
Ninguém gosta de mim, e fogem quando fico comentando algo...
aliás, falo o essencial...
não forço ninguém a acreditar no que não quer...
cada um tem seu jeito...
ai que jeito mais tolo o meu...
de dizer o que vem do fundo do mar...
azul dum oceano gigante,
onde dizem ter mais água do que terra aqui...
mero engano?
sim!!!
mais terra...
porque também você não vive no mar, e abaixo dele há muito mais massa,
ai quanta tolice dizer o que todos já sabem...
se queres fugir do meu olhar,
não oculte de mim,
seja sincera,
lembra da praga e do bendizer?
Se digo coisas boas, só amor,
por que sou tão desamado?
tão absurdamente esbofeteado na mente...
Quando pensas que não vejo longe,
minha visão como águia te enxerga tão linda...
causando dor no coração...
olha, veja lá no meu peito,
quantas lágrimas de sofrimento desperdicei...
se o que todos querem é só sorrir com alguém...
note os sinais do meu carinho,
na lua que me deste, tão cheia de prazer...
no ciúme doentio da paixão,
coisas que os amantes intensos anseiam com ânimo...
sou um pobre menino, de sempre, o mesmo,
que foge de si mesmo,
denegrido pelos próprios perfumes...
deixados em mãos de rosas...