Luto e Renascimento
Quando perdemos algo ou alguém, que nos é caro, uma dor lateja incessantemente e rói aos pouquinhos sem pressa de findar.
É como se derepente um furacão nos arrastasse e devastasse a nossa vida, que até então, parecia tão assentada e definida.
Criamos uma inércia e alimentamos uma desconcentração e um desperdício de sentimentos.
Passamos a tocar o barcode qualquer jeito.Sem entusiasmo e sem confiança.Vamos nos deixando levar ao sabor da maré que oscila entre a revolta e a brandura.
Tentamos redescobrir o prazer em coisas simples, porém as correntes que nos prendem ao passado nos arrastam e pesam sobre nossas costas.
Sofridos perambulamos ao encontro de uma acolhida, que nos fomente o espírito.
Amargurados e fragilizados.Introspectivos, carregamos esse luto, como se fôssemos capaz de assim, resolver nossa tristeza.
Passamos a desconhecer o certo. E, fatigados com os desencontros perdemos a noção do sensato.
Vamos seguindo sem muitos acertos e tentando crer que num dia qualquer, a cortina vá cair, e um novo capítulo se iniciar.