Sem título, sem nexo, sem rumo...
Espreito a felicidade de longe, mas na verdade não sei de onde ela virá. Ou sei...ou sei lá...Sinto que os sentidos me faltam; falham sem aviso prévio. Confiar neles é como armadilha preparada. O que vejo parece não ser real. O que não avisto me parece tão próximo...mas um segundo se vai, e com ele a ilusão pueril. Resta a solidão do sofrer: resto de tudo o que sentiu.
As certezas não se sustentam aos questionamentos. O tempo é amigo e inimigo ao mesmo tempo. Tão decididos...tão inconstantes...
Que certeza se pode ter sobre um futuro desconhecido? Como saber do rapaz que conhece se será amigo ou marido?
Prossigo. E levo comigo, rangendo no peito, o coração dilacerado pela esperança de apenas ser. Mas problema de morte não hei de ter...espero a regeneração característica dos românticos.
Ainda há passos a serem dados. Caminhos a percorrer...seja contigo ou sozinho, comigo ou sem você, eu vou...preciso vencer.