Flor da solidão

Dias surgem, nos quais me reconheço num deserto...

A tristeza espreita meu coração

Querendo saber se conseguirá fazer morada longa...

Vontade de ser nuvem, esvair-me ao chão, em branda chuva

Para encurtar distâncias até mim...

Sinto-me uma flor, sacudida pelo vento das inquirições...

Procurando o cerne de tanta aflição

Tangida pelos ares da desilusão

Minhas lágrimas são minhas confidentes

Começo a duvidar que tenha solução...

Devo ter a solidão como eterna companheira...