___AMOR DE MENTIRA___

O que determina a união de dois seres não é somente

o fato de haver amor.

Quantas vezes nos aquietamos após a conquista.

Quantas vezes deixamos a gentileza, o olhar confortante

e o sorriso convidativo pela fisionomia apática.

Ficamos a espera delegando o que poderiamos fazer por

nós mesmos.

E de repente o beijo se torna funcional, a sedução tática

de se obter algo em troca.

Seria tão bom se mantivessemos a chama do beijo febril,

do toque revelador.

Mas nos ocupamos com pequenas coisas e deixamos algo

bom diluir no monotonia diaria.

E quando nos damos por nós descobrimos que nada mais esta

no lugar, sem questionar aonde estivemos para tal situação

acontecer.

De repente se naquelas tempestades tivessemos dito coisas

boas, talvez teriamos salvado algo.

Porém, nada doe mais que a obrigação de sorrir quando por

dentro sangramos.

E se um dia o amor acontecer de novo, de novo falharemos

porque delegamos muito ao outro o que poderiamos fazer por

nós mesmo.

Por isso preciso me reecontrar, curar estas feridas, ouvir meus

sentimentos e compreende-los.

A solidão não é ruin, quando já convivemos com ela numa viven-

cia a dois.

Ruim é querer mudar e ser coagida e persistir por uma emoção

corrosiva.

Que irroneamente teimamos denominar amor.

Mas, não somos valentes, nem corajosos, somos falhos e fracos.

Seguindo na mesma estrada e cada qual convivendo com sua

felicidade fabricada.

Morgana Glaciotto

MORGANA GLACIOTTO
Enviado por MORGANA GLACIOTTO em 19/09/2009
Código do texto: T1819994
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