Poeta esquecido

Sou um ser humano igual a tantos outros que existe mundo a fora, porém não me limito a mergulhar nas mesmas águas que não geram frutos. Primeiro de tudo, visito o lugar e deixo meus olhos frequentarem à ocasião, para entender o quanto esse cenário pode multiplicar o meu entendimento, satisfeito o lamento, rogo a procura das respostas em branco, dos encantos fragmentados para logo mais juntar pedaço por pedaço e, assim, formar um todo com veracidade e corpo. O aprender é uma coluna de sustentação, sobretudo, fadigar seu ensejo no semblante da situação e o seu entender de nada salientar a realidade apurada, de nada serviu esse tal aprender.

Tento compreender meu passado, sentir o presente e vislumbrar o futuro com o melhor objetivo alcançável, mas o futuro não é certo todo mundo sabe, então como posso predizer o que ainda está por vir? Não é adivinhação, nem chutes no invisível para ver se acerta em algum lugar, a resposta está na interpretação que a experiência se comove a passar e o resto é apenas o trabalho do cérebro faiscando suas estrelinhas de raios no interior da nossa face.

Sou um poeta esquecido de tantos detalhes que minha imaginação apaga, sou sofrido de passado difícil e vivido de presente doce na caminhada do sertão. Olho para um lado e só vejo folhas, olho para o outro e só pego em galhos, aí vem-me a pergunta: como posso caminhar na vida se os galhos e as folhas encobrem minha visão? Penso que a transformação da criatividade é a áurea da inovação, por sua vez, apenas abro um pouco do leque de diversidade e costuro a seiva que consegui expelir da natureza.

Se ainda assim pensar onde está a poesia nesse lugar? Abra o seu coração e sinta a emoção das palavras, sinta meus traços dizerem o que realmente são flutuações nos olhos e na mente, causando a emoção da semente que vira fruto e depois volta a se transformar numa nova árvore de esperança e ação. Feliz agora, não é por aumento de valor quantitativo, feliz estou pelo pouco ar de conhecimento que já conseguiu envolver na minha história, tudo muda, tudo se transforma, aquele de antes ficou apenas a carcaça, aquele sem olhar ficou apenas a humildade e a timidez, farofando em migalhas de farinha da vida com a essência da transformação. Letramento da vida não tem preço, não tem solidez do concreto, tem sensibilidade da pluralização das ações e um ganho sem capacidade de medir e mensurar pela riqueza estimável das várias formas de se desenvolver.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 19/06/2009
Reeditado em 19/06/2009
Código do texto: T1656868
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