O incompreensível...
...estou procurando, estou procurando.
Estou tentando me entender.
Tentando dar a alguém o que vivi
e não sei a quem, mas não quero
ficar com o que vivi.
Não sei o que fazer do que vivi,
tenho medo
dessa desorganização profunda.
(Clarice Lispector)
O incompreensível assusta.
A necessidade de entender: entender a mim mesma. Entender o mundo. Entender as pessoas. Entender os porquês... Pulsa!
Ao modo de Clarice, a terceira perna de G.H., que a deixa estável, e ela perdera, ainda persiste em mim. Ainda não terminei o livro... Quem sabe até lá essa estabilidade-prisão seja superada. Ou a instabilidade, pulsante, seja amansada.
Quem sabe a falta de respostas não incomode tanto.
Quem sabe...
Quem sabe?
Ângela Pereira.
13 de junho de 2009.