Desabafo
Tão curta é essa culpa, tão tola é a razão de me sentir culpada. Minha culpa encontrada debaixo de lençóis brancos, junto com a poesia da noite passada.
Um aperto forte e estranho, faltando rasgar meu peito e o frio na espinha vem junto com a brisa gelada que balança meus cabelos.
Encontrei na hora errada o que procurava a tempos, desisti muito tarde do que ainda está por vim. Meus pensamentos se contorcem, fundindo-se um no outro, devastando os sentimentos bons e trazendo medo e fúria.
Não é a primeira vez, e tudo esta se repetindo como antes. Quando acaba é por que nunca começou de verdade.
Onde esta o sol? O céu, e as promessas mal cumpridas?
Onde esta nossa esperança reprimida, e a coragem repulsiva?
Sinto-me Esgotada, minha cabeça dói e minhas pálpebras estão se fechando.
As lagrimas já chegaram e a minha fúria as alimentam. Sem conseguir controlar as deixo brotar e vou Junto, encontrando cada centímetro da minha face.
Minhas mãos tremem, e a calçada esta vazia, como meu peito agora.
Maus pés descalços sobre o chão gelado, mas meu coração na para, e não sara a ferida que tem seu nome, e a angustia me consome.
Sina, certeza que esse é o titulo que se dá para coisas que acontecem respectivamente na vida de uma só pessoa, esse é o meu carma, me desandou, que me destruiu.
[04/junho/2009]