Dor e amparo

A vida faz muitas situações conflituosas com nosso ‘eu’, com nossa forma de entender quem somos e é com esse enfoque que vou falar sobre a ‘dor’, não uma dor qualquer, não é uma dor que rasga a carne exterior e sim a dor que rasga a alma e deixa a emoção do ser humano em frangalhos, em farrapos, meros seres civilizados com a emoção de um maltrapilho, não é uma comparação de um homem vivendo na rua, pois têm muitos desses mesmos agentes da liberdade forçada vivendo ‘feliz’ naquilo que podem contemplar.

Existem muitas dores latentes que rasga a liberdade das pessoas e as fazem de reféns, de prisioneiras da sua própria liberdade. Assim faço esse texto para que todas as pessoas tomem nota de situações que acompanho e que tive conhecimento, são espaços de vidas preenchidas por meras euforias de momentos e quando essas flutuações se vão fica apenas o buraco no seu agora, no espaço físico que de tão resumido, de tão pequeno pela própria razão de viver, se limita em chorar e dizer o quanto poderia ser alguém e não é, de quanto poderia ter crescido e não cresceu e etc.

Não estou aqui dizendo que é fácil falar sobre a forma maléfica da mente, não sou um estudioso no assunto e nem sou uma pessoa apropriada para dar conselhos sobre esse tema, mas sou livre para escrever o que sinto e como filho do sentimento passo agora a expressar toda a minha preocupação por este fato que sempre existiu, sempre vai existir e pessoas vão continuar se mutilando e mutilando suas vidas em conta desse estado de dor crônica e mortal. Sinto a dor de uma pessoa que diz não ter mais razão para viver, de não ter mais forças para sobressair ao caos que se transformaram seus dias e isso me abala enquanto ser humano e amigo.

Vou falar um pouco da liberdade de viver, da liberdade da existência e se acredito no amor logicamente acredito no ser supremo, Deus, aquele que tudo pode e tudo tem poder para curar, mas a fé das pessoas estão nulas, acabadas e desvalidas nas forças perdidas pensando em chorar e em sair dessa vida imunda e pequena que estão, por isso ficam sem motivos e sem coragem para acreditar, porém, como nosso criador pega na sua mão se não ergues? Como Deus pode te ajudar se não estende a sua mão, sendo assim, livres como somos nada pode ser forçado e nem deliberadamente aceito contra vontade e imploro as pessoas que observam seus familiares tristes e diferentes, falem com eles, no entanto, brevemente podem estar rezando uma missa pela morte repentina de alguém que tinha tudo para ser grande e morreu numa solitária e ínfima abominação da própria carne.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 12/04/2009
Reeditado em 14/04/2009
Código do texto: T1536077
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