Sobre términos e post-its
Existe uma boa maneira de terminar uma relação? Hoje, depois da Ruiva ter me mandando um arquivo lembrei de um episódio totalmente propício e adequado de Sex and the City para tal documento. Carrie namora Berguer, um escritor recalcado, e o bonito termina com ela por um post-it (aqueles papeis-adesivos de cores fortes que servem pra separar matérias num caderno ou deixar um recado importante na agenda).
I’m sorry...
I cant do this...
Dont hate me.
Ela sai indignada e resolve ir beber para o “dia do termino por post-it” acabar logo, mas acaba encontrando um amigo do ex- e fala insanidades, até que o rapaz diz: Mas não existe uma boa maneira de terminar um relacionamento.
Será? Será que sempre se termina de um jeito ruim? Com ou sem post-it?
Fazendo um retrospecto términos são uma droga, sempre. Você sabe que a coisa tá acontecendo, que o namoro tá indo pelo ralo, tomar a decisão de terminar é dolorida e quando tomada fazê-la às vezes é pior ainda. Mas um post-it não é uma opção, ou seria? É rápido, curto e não dá pra o outro ter uma “resposta” na sua frente. Mas mudaria a dor se o cara chamasse pra conversar pessoalmente? Não se revoltaria por ter passado por tudo aquilo e no final dar com os burros n’água? Não seria bem provável dizer coisas que depois se arrependeria?
Logo, não interessa se foi um post-it, MSN, SMS, e-mail, telefonema, porteiro, bilhetinho na geladeira, almoço casual... términos são foda, sempre! Assemelha-se a derrota do seu time do coração no campeonato, depois de inúmeras investidas, de treinos intensos, de esforços e reforços. Ninguém sai ganhando, mas com certeza a lembrança do jogo final pode ser digna ou algo semelhante a um post-it.