AINDA QUE SOZINHO HEI-DE AMAR-TE

Quem tudo dá, tudo perde, cedo ou

tarde. A verdade e a fidelidade, por serem

coisas tão escassas, no comportamento,

de apenas algumas, poucas pessoas, que seguem

esses valores, como ideais, a preservar, são

vistas com desconfiança, num mundo, onde a

entrega, por inteiro, é tida, como algo de

contranatural, e, motivo, de menosprezo.

O ciúme tem seu nome gravado, como o

provocador, dessas intolerâncias, e,

quanto mais os anos passam, mais esse

sentimento, se apodera das pessoas, e

a flexibilidade e o raciocínio, correcto, perdem

todo o contacto viável, com a realidade, não

importando o que faças, pelo outro, ainda que

te movas, para esclarecer e tirar dúvidas.

Perde-se o clamor, antes tão desejado, assim

como qualquer tipo, de valorização, diante

do que digas, às vezes, exasperadamente,

tentando fazer entender-te, e veres, que do outro

lado, a pessoa, a quem te diriges, nada aceita

do que falas, pois que, à partida, leva má

impressão tua, de opinião antecipada, que não

escuta nada, do, que, a ela, falando, lhe deixas.

Podes chorar (talvez chorem os dois), ainda que

invertam todo o sentido, do que dizes, indo

buscar palavras, totalmente fora de contexto, de

quando as proferiste, apenas porque não se

consegue mais dizer, “acredito em ti”. Mas apesar

de tudo isso, quem ama, não deixa de amar, e,

em sua solidão, espera, que a verdade vença

e que todas as mostras de amor, venham a vingar.

Aquele, que do outro desconfia, é de si próprio,

que guarda desconfiança! mas muitas das vezes,

tudo isto tem a ver, com os maus amigos, que,

tentam, por todos os meios, minar o amor, de

duas pessoas, para assim conseguirem, seus vis

intentos, roubando para si, o que nada fizeram, por

merecer, a não ser insistir na hipocrisia, insinuando-se

descaradamente, perante o outro, em falsa modéstia.

Jorge Humberto

31/01/09

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/02/2009
Código do texto: T1416722
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