A gente acostuma
Fomos impelidos a aceitar, pois viver é uma arte e nos coadjuvantes, vemos tudo acontecer sem alternativas para modificar, deixamos a vida correr. O tempo nos faz acostumar.
Acostumamos a engolir o ‘’ sapo da sobrevivência’’, a vida não nos pergunta se esse prato queremos ingerir, simplesmente é inserido em nossa garganta, temos como alternativa engolir.
A gente se acostuma...
A sempre reciclar o coração mesmo aos tropeços, receber desamor sem mais verter lágrimas, castrar sonhos tecidos com o amor da alma, não mais querer dormir para não tornar a sonhar, fechar a mente criativa para se proteger, morrer de solidão a cada lua cheia, a sentir o coração morrer de tanto se acostumar a sofrer.
É...
A gente acostuma.
Sandra Wajman Gruner.