A gente acostuma

Fomos impelidos a aceitar, pois viver é uma arte e nos coadjuvantes, vemos tudo acontecer sem alternativas para modificar, deixamos a vida correr. O tempo nos faz acostumar.

Acostumamos a engolir o ‘’ sapo da sobrevivência’’, a vida não nos pergunta se esse prato queremos ingerir, simplesmente é inserido em nossa garganta, temos como alternativa engolir.

A gente se acostuma...

A sempre reciclar o coração mesmo aos tropeços, receber desamor sem mais verter lágrimas, castrar sonhos tecidos com o amor da alma, não mais querer dormir para não tornar a sonhar, fechar a mente criativa para se proteger, morrer de solidão a cada lua cheia, a sentir o coração morrer de tanto se acostumar a sofrer.

É...

A gente acostuma.

Sandra Wajman Gruner.

Sandra Wajman Gruner
Enviado por Sandra Wajman Gruner em 18/04/2006
Reeditado em 18/04/2006
Código do texto: T140863