Palavras proferidas impensadamente

Ainda sinto no peito como marteladas,

cada palavras proferidas...

Ainda sinto feridas se abrindo, o sangue

nas veias fervendo, e de cada uma, gotas

de sangue escorrendo.

Ao meu redor há uma imensa escuridão.

Ensurdecida nas trevas, abatida, como um

pássaro agonizante, estatelado no chão.

Vida consumada por um cruel instante...

Alma abandonada, emigrante...

Povoa-se noutro mundo de luz ...

Lá repousa sem dor, em paz, ainda trás

nos lábios, um sorriso radiante.