Isto não adoça meu café da manhã
O advogado manda a assassina de franjinha e pantufas chorar e dizer que não é culpada de nada. No Rio, um amigo em São Conrado diz que “está cercado de balas por todos os lados”. Não abre mais a janela do quarto, de onde se vê a favela-campo-de-batalha. Bandidos escalam o morro e a nossa segurança resvala ladeira abaixo. Numa outra praia, no Nordeste, um casal é morto a tiros. Moravam juntos. Idades? Ela 13, ele 15. Quem matou? Não sei. Ninguém sabe.
Nosso futuro? Não sei.
Alguém sabe?