Atrás da Porta

(Elis Regina) Atrás da Porta

“Quando olhastes bem nos olhos meus

E teu olhar era de adeus, juro que não acreditei

Eu te estranhei, me debrucei Sobre o teu corpo e duvidei

E me arrastei, e te arranhei

E me agarrei nos teus cabelos

No teu peito, teu pijama

Nos teus pés, ao pé da cama Sem carinho, sem coberta

No tapete atrás da porta Reclamei baixinho

Dei prá maldizer o nosso lar

Pra sujar teu nome, te humilhar

E me vingar a qualquer preço Te adorando pelo avesso

Prá te mostrar que ainda sou tua

Até provar que ainda sou tua. “

...Agora, eu choro. Choro de dor no coração.

De arrependimento. De desespero...

Ah que eu tivesse ao menos uma nova chance, de poder mostrar

Que ainda posso ser como antes...

Por quê erramos tanto? Por quê somos tão idiotas?

Tudo o que quero nesse momento é apenas uma máquina do tempo,

Para poder retomar toda essa minha burrada.

Agora me pergunto, como vou viver se a minha vida foi embora?

Se tudo o que quero é ter o meu bebê aqui do meu lado de volta.

De me destes ao menos uma chance, de provar que ainda te amo,

Que ainda te quero,

De que ainda sou aquela princesinha que você conheceu...

Como me arrependo, de não ter dado ouvidos ao meu coração.

De não ter olhado a minha volta.

De não ter pensado com mais consciência.

De ter agido por impulso, de forma mal pensada.

Culpo-me com toda minha força por ter feito você derramar as suas lágrimas.

De ter feito você sofrer.

Levarei essa cruz em minhas costas até o fim dos meus dias.

E chorarei até me afogar...

Peço-lhe perdão por ter sido essa pessoa horrível, mas quero que lembre, que serei sempre a sua estrela, aquela que te guia e te ilumina...

Pode ter certeza de que te amo como nunca amei.

Que te quero como nunca quis.

E no futuro...

te amarei bem mais que essa hora!

Babinha
Enviado por Babinha em 08/04/2006
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